NEUROCIÊNCIA DO RACISMO EM SAÚDE

QUANDO O CÉREBRO E A COR DA PELE DEFINEM O ATENDIMENTO

Autores

  • Renato de Paula
  • Robson Rodrigues da Siva

Palavras-chave:

neurociência, racismo, saúde, desigualdade, atendimento clínico

Resumo

 

O presente artigo analisa a interseção entre neurociência, racismo estrutural e práticas em saúde. Apesar da igualdade biológica entre seres humanos, evidências demonstram que a cor da pele influencia a qualidade e o tipo de atendimento recebido em diferentes contextos clínicos. O texto apresenta uma revisão de literatura que conecta processos neurobiológicos do preconceito com efeitos concretos na saúde física e mental da população negra, apontando a contradição entre a universalidade biológica e a desigualdade social.

A neurociência do racismo em saúde é um campo de estudo que busca entender como o cérebro processa e responde às experiências de racismo e discriminação, e como isso afeta a saúde física e mental das pessoas negras e de outras minorias étnico-raciais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Renato de Paula

   Fisioterapeuta e PHD em Neurociência, Palestrante, Ex-Presidente da SUDERJ

Robson Rodrigues da Siva

Advogado e Escritor

Referências

BAMSHAD, M. et al. Human population genetic structure and inference of group membership. American Journal of Human Genetics, v. 72, n. 3, p. 578–589, 2003.

CRENSHAW, K. On Intersectionality: Essential Writings. New York: The New Press, 2020.

HOFFMAN, K. M. et al. Racial bias in pain assessment and treatment recommendations, and false beliefs about biological differences between blacks and whites. Proceedings of the National Academy of Sciences, v. 113, n. 16, p. 4296–4301, 2016.

LEAL, M. do C. et al. Racial, social, and regional inequalities in neonatal mortality in Brazil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 22, n. 12, p. 3883–3894, 2017.

LEWONTIN, R. C. The apportionment of human diversity. Evolutionary Biology, v. 6, p. 381–398, 1972.

LIEBERMAN, M. D. Social cognitive neuroscience: a review of core processes. Annual Review of Psychology, v. 58, p. 259–289, 2007.

PHELPS, E. A. et al. Performance on indirect measures of race evaluation predicts amygdala activation. Journal of Cognitive Neuroscience, v. 12, n. 5, p. 729–738, 2000.

SANTOS, J. A. F. dos. Racismo estrutural e saúde: uma perspectiva crítica. Saúde e Sociedade, v. 28, n. 2, p. 21–33, 2019.

WERNECK, J. Racismo institucional e saúde da população negra. Saúde e Sociedade, v. 25, n. 3, p. 535–549, 2016.

WILLIAMS, D. R.; MOHAMMED, S. A. Discrimination and racial disparities in health: evidence and needed research. Journal of Behavioral Medicine, v. 32, n. 1, p. 20–47, 2009.

JULIO PERES, https://clinicajulioperes.com.br/neurociencia-as-respostas-do-cerebro-as-emocoes/

Downloads

Publicado

10.11.2025

Como Citar

Renato de Paula, & Robson Rodrigues da Siva. (2025). NEUROCIÊNCIA DO RACISMO EM SAÚDE: QUANDO O CÉREBRO E A COR DA PELE DEFINEM O ATENDIMENTO. Revista Eletrônica Da OAB-RJ. Recuperado de https://revistaeletronicaoabrj.emnuvens.com.br/revista/article/view/722