BREVE ANÁLISE DA FORMAÇÃO DOS COLETIVOS AUTÔNOMOS COMO ESPAÇOS DE RESISTÊNCIA AOS DIREITOS DAS MULHERES NEGRAS

Autores

  • Luana Maria de Lima Oliveira

Palavras-chave:

Direitos humanos, Coletivos, Movimentos sociais, Feminismo negro, Mulheres negras

Resumo

Este estudo tem como tema central a análise sobre a criação e articulação dos coletivos de mulheres negras. O objetivo específico deste artigo, trata-se de apresentar os coletivos como espaços de fortalecimento, no qual eram discutidas questões inerentes às mulheres negras que, por sua vez, foram e permanecem, muitas vezes, invisibilizadas historicamente em espaços políticos.

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NOTAS:

1 “Intelectual e ativista negra, Lélia de Almeida Gonzalez (1935-1994) destaca-se por sua produção e por intensa atuação política contra o racismo e o sexismo. As discussões que propôs sobre questões identitárias e sobre relações de raça e gênero no Brasil repercutem em diversos campos do conhecimento, encontrando forte eco nos estudos culturais e na antropologia. Filha de uma empregada doméstica de origem indígena e de um homem negro, ferroviário, pertencente a uma extensa família operária, Lélia migra de Belo Horizonte para o Rio de Janeiro em 1942, onde se forma em história e filosofia, tornando-se professora na rede básica de ensino e no ensino médio, lecionando em escolas públicas e privadas. Realiza mestrado em comunicação social e doutorado em antropologia, tornando-se professora e pesquisadora na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, entre 1978 e 1994” (BARTHOLOMEU, 2019).

2 “As viagens de Lélia Gonzalez se estenderam para além se estenderam para além da construção de uma entidade. Eram o movimento negro contemporâneo e a organização de mulheres negras que estavam em formação. O papel de Lélia Gonzalez nesse trânsito nacional não se resumia à formação dos ativistas e jovens estudantes negros de diferentes regiões do país. Ela própria passou a compreender as experiências distintas de viver a negritude na vasta extensão territorial e cultural do Brasil. Ao papel mediador dessa intelectual negra organicamente envolvida com os movimentos sociais permitiu a troca de informações, a circulação de ideias, a articulação e encontro de pessoas” (RATTS; RIOS, 2010, p. 132).

3 “A partir das resistências, como mecanismos estratégicos de visibilidade da história desses grupos, tem por objetivo pensar ‘desde dentro’ as culturas indígenas e africanas e, assim, afastar-se cada vez mais de interpretações centradas na visão de mundo do pensamento moderno europeu. Na verdade, a proposta de Lélia Gonzalez é epistemológica, pois, do ponto de vista da amefricanidade, propõe a abordagem interligada do “racismo, colonialismo, imperialismo e seus efeitos” (GONZALEZ, 1988, p. 71 apud CARDOSO, 2014, p. 970).

4 “A resistência da mulher escravizada é tão antiga quanto a de seus companheiros, podendo ser recuperada desde África (...). Chegando ao ´novo mundo`(...) a resistência da mulher negra continuou, seja quando tentava amenizar a vida enquanto escrava (...); quando procurava saídas para sua condição (...); ou quando negava-se a qualquer negociação, matando ou morrendo.” (MOTT apud SILVA e CANTO,1988, p. 29 apud SANTOS, 2017, 1)

5“Aparecida Sueli Carneiro nasceu em São Paulo em 1950, uma das três filhas de um casal negro. Ingressa no curso de filosofia da Universidade de São Paulo (USP) no ano de 1971, e é no ambiente universitário durante a ditadura militar, entre 1971 e 1980, que se aproxima dos movimentos negro e feminista. Além da forte militância, Carneiro é responsável por uma vasta produção voltada para relações raciais e de gênero na sociedade brasileira, que encontra repercussão em diversas áreas do conhecimento, também na antropologia. São mais de 150 artigos publicados em jornais e revistas, assim como 17 em livros, que buscam fazer convergir ativismo e reflexão teórica, por exemplo Mulher negra (1995), Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil (2011) e Escritos de uma vida (2018).” BARTHOLOMEU, Juliana S. S. 2019. "Sueli Carneiro". In: Enciclopédia de Antropologia. São Paulo: Universidade de São Paulo, Departamento de Antropologia. Disponível em: http://ea.fflch.usp.br/autor/sueli-carneiro> Acesso em: 02 de maio de 2020.

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Publicado

07.10.2025

Como Citar

Luana Maria de Lima Oliveira. (2025). BREVE ANÁLISE DA FORMAÇÃO DOS COLETIVOS AUTÔNOMOS COMO ESPAÇOS DE RESISTÊNCIA AOS DIREITOS DAS MULHERES NEGRAS. Revista Eletrônica Da OAB-RJ. Recuperado de https://revistaeletronicaoabrj.emnuvens.com.br/revista/article/view/623

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